segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ditadura do Inconsciente

Ame a mim, queira a mim como queres a ti mesmo
Bem ou mal, movidos pelo desejo
Desejo e fúria, corpos confundidos em noite de chuva.

Valores meus desgastados, o sol caiu sobre a terra
Nada tem valor, em horas abandona-se o calor
Calor se foi, agora resta mergulhar em teus braços
Teus pêlos, tuas mãos aveludadas, teus óculos, meu espaço.

Quanto afeto sob este teto, quanta dor em meu peito
Dor sem sentido, dor sem flores, estar só, estar bem
Falo um pouco de mim. Que lhe parece? Estranho animal
Irremediável estou, partirei no próximo trem.

Amarga loucura, quase tudo me resta a saber, tudo que sei é meu nome
Pseudo: fome. Fome de viagem, cruel miragem, sonhar sonhos desfeitos de coragem.
Sinto o declínio da minha democracia interior, eis que armado o golpe: Ditadura do inconsciente, amor inconsequente, amor a toda hora, amor sem precedente, inconsciência urge novas sementes, germinem, aflorem: amor diferente.

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