sexta-feira, 23 de abril de 2010

Labirinto de Fogo

''Lágrimas mortas e remotas não vão nos perdoar,o coração busca muito além de verdades,não me ofereça um cigarro com o gosto terno do qual provei um dia,somos crianças brincando,somos presos em jaulas,os ratos mordem as beiradas do teu rascunho,os dados seguem sendo jogados ao ar.
As máscaras se desmancharam na escuridão,teus pés caminham lentamente pelo labirinto de fogo,as nuvens que cobrem a cidade temporizam o teu ser.As luzes se apagaram,correm por tuas veias a adrenalina da solidão,sem amor,sem Deus,a roleta inicia o jogo,corres para tentar se encontrar,busca em meio á noite casos passionais banais.No decorrer da hora o prazer te consome,os ponteiros do relógio devoram a tua vontade.
As paredes lhe cercam,se ajoelha e inicia sua preçe,a lua se esconde entre o breu da noite,inicia-se a caçada, a solidão o afronta,o faz prisioneiro em meio á retratos e fracassos.Seus tênis velhos azuis agora andam sobre sobre versos de canções,teus ancestrais o questionam,ao fim o Diabo não te reconhece.
No meio do nada não se encontra nada, no meio de tudo também não se encontra nada,as luzes se acendem, a loucura irradia,acenda um cigarro,pegue um drink,em alguns movimentos você encontra o fim guiado pela loucura.'' David Kondylopoulos