terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Camaleões Urbanos

Popular popularizado
Grana no bolso furado, sonhos retalhados
Poeira, bagunça, baía de porcos na paisagem do lobo
Politicagem imatura, em nossos olhos desvio de conduta
Negro, dança, detalhes, malabares, proeza, minuciosa pobreza.

Divino destino desconfigurado, teto de horror
Avenida dos contentes, roubos e promessas em novos ares
Maldade absurda
Roupa no varal
Carros de luxo, carros populares
Vias isoladas, mas veja, roupas secando, boutique, laje, retrato pobreza.

Povo afogado em discurso vigarista
Prazer é se cometer o crime do sexo, sexo desprotegido, desmilinguido
Emergência! Nascerá um novo problema, bolsa família, bolsa escola, bolsa moradia, bolsa ética, bolsa dignidade, bolsa maturidade
Esse povo é insanidade, vive política, engole política, reclama política
Morrerá se não for a política.

Roubo, morre, morte
Comemoração sacramental, oração para os velhos vividos é essencial
Histórias por prestações suadas, eis que livros da vida desgastada
Publicidade feita para eles, enganar eles, devorar eles, estremecer eles
Endividar, tomar tudo deles, roupa, banho, pele.

Não há beleza
O povo sonha
Mudança constante de cores
Camaleões urbanos fugitivos da luta
Pela liberdade ideológica.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Confusões em Desespero do Século XXI

Como você se sente?
Sente-se?
Como você ama?
Ama?
Cores nossas, cores tuas, nosso painel de tortura.
Busque não, ele não quer não. Abuse sim, ele quer sim.
Raiva. Raivoso, você está raivoso. Ela está raivosa
Oh, minha aurora, flor minha, não se acanhe, és parte de seu rebanho, és a negra.

Morra não, escrevo teu amor, escreva teu amo
O mundo está mal comportado, a gente está errado
A gente, nós mesmos. Tudo está confundido, confuso. Você está louco?
Ahora és parte de la grán locura!
Stay here, run until there, vês que o caminho é teu, a rua é tua, a lua é tua. O homem é teu, a mulher é tua. Você toda nua, ele completamente despido.

Medo. Para ficar não pode ter coração. Quite tu corazón
Acoste-se, morra como flor, germine como trigo. Perigosa, Perigoso, você é realmente um perigo.
Componha o espírito. Os corações estão cheios, invadidos, prantosos, ensanguentados, mas não conhecem o amor.
Use nosso capital, exponha-se no varal. Genial é entregar-se.
Lembre-se da canção, nossa canção, canção que foi feita pra gente.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Razões

Me dê uma razão para não amar você
Quero amar
Estar
Confiar
Acariciar
Me dê uma razão para não amar você
Penso
Desejo
Desdobro
Devoro
Me dê uma razão para amar você
Encanto
Olhos
Pele
Alma
Eco
Me dê uma razão para te esquecer
Sofrer.

Ria, pois é sobre você. Cruel amor!

Sou tão sujo por este sentimento, tão fraco proibido
Quero não mais querer a ti, penetrar-me o coração com lembranças tuas, coisas de rua
Choro, chorei, chorarei
Corri, corro, seguirei correndo para não morrer-me
Dói ser teu gelo, e por final um Alasca de sensações espertas
Vi a ti, esperei por algo, do tanto que me encantei, me tornei sujo, falando
Falando de fantasias tuas, deles, delas, tudo consta você, mais sou seu, estúpido
Vou esquecer-me para quem sabe esquecer-te, pois hoje sou você
Já não sou eu, não vivo, respiro teu hálito, olho por teus olhos, que me cegam
Cegam, perco-me, e encontro-me desesperadamente em você, tragédia.
Resumindo o tempo a tristeza por não estar em mim, um céu de oportunidades
Mas sou gris, arranho-me, acabo por ser triste por não estar em você assim como você está em mim
Sexo, eixo, elo, nossa exatidão. Quero pertencer a outra exatidão, assim, importunamente não viverei. Ancestrais meus urgem por romance. O teatro de um amor bem cuidado. Mas sofrendo permaneço por não resposta, amor.