terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Covardia do Lar

Estou mentindo para te preservar
Precise me encorajar para enfrentar
Nessa conversa há tudo o que constar
Fala elucidativa para decorar a tua traição
E neste longa não somos sequer um par.

Preocupado estava com tuas dores
Pensei que tua dignidade estava posta no chão
Engano meu, logo me certifiquei que estava em casa sem lei
Esta é uma outra novela com dramas do coração
Mas tudo é desejo, uma mentira, tua pura invenção.

Agora se cale e se reinvente para reviver em teu lar
Não mais porque me buscar
Por uma noite fui tua droga, tua malícia sem pensar
Você quis brincar mas as regras não nos permite falhar
Tua casa é tua lei
E tua covardia, eu que sei

São mensagens que nos dizem como atuar
Essa estória é uma dança, música de Ana
Coisa de novela mexicana
São cravos e rosas por um beijo adocicado
Mas somente uma noite
O ego ainda é uma criança.

Agora se cale e se reinvente para reviver em teu lar
Não mais porque me buscar
Por uma noite fui tua droga, tua malícia sem pensar
Você quis brincar mas as regras não nos permite falhar
Tua casa é tua lei
E tua covardia, eu que sei

E é um país sem nativos
Corpo sem espelhos
Um mal fora do caminho para meu pequeno erro
Ciranda para nós
O mundo gira, e desfaçamos os nós.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Comportamento

Falemos do comportamento
Não é como o amor à moda antiga
É tão bom que se torna um tormento
Já não se ouve mais cantigas

Tô a procura de um calor
Banho de pernas
Nada de dor
Tô a fim de frutos proibidos
Quero experimentar o inferno e o paraíso
Esse sou eu
Já inteiramente despido

Me esquivo das lembranças por um raio de sol
Amor pode se fazer no paiol, na rua, ou coberto por lençol
E tudo brilha por um instante para nos aproximar
Chego a querer cantar para nos eternizar
Sou eu, nesta noite inteiramente seu
Romeu.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Céu e Maracujá

Baby do cantar
Linda canção para se amar
Traga o sol para a gente se abraçar
Pensando assim não há nada mais no que se pensar
Esse brilho que transborda pelos teus olhos
Mundo, carvão, Karma, pura sedução

Vou me despindo lentamente
Esse amor não é como as canções e nem faz jus a um pequeno coração
Não é tampouco duradouro
Dura até o tempo de encantar
Beijar sem falar
Resposta sem perguntar

Grito ao vento no ímpeto do encontro de te encontrar
É sal, é voz, é um sabor sem programar
Sabor distinto dos sabores provados, céu e maracujá,

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Amor por Florescer (Irei Esperar)

Se você é presente eu sou contente
Mas logo você se vai e a guerra em mim se faz
Jurei não te procurar, mas a saudade está por me matar
Hoje a ausência é constante
Em meu peito bate um coração inconstante
Minha vontade não cessa
Não cala
Meu sentimento logo não presta.

Procure por mim
Procure falar um pouco de você
Deixe a gente assim enobrecer
Proponho a gente se conhecer
Se engrandecer
Ao teu lado juro que posso florescer.

Sei que tens um outro amor para constar
Então passo a ser aquele que ama somente pelo prazer mútuo de amar
Mas o grande problema é que o amor carrega a melancolia
Sentirei saudades, bem, viverei uma fantasia
Se não há como falar, procure a mim outra hora para podermos nos falar
Não se esqueça
Eu irei esperar.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eu Cazuza

A idade me pesa
Sou a imaginação de uma grande mente esperta
Não sei mais esperar
O tempo passa e sinto que sigo devagar
Já passa das quatro
Em meu quarto não há retratos
Há pinturas da minha mente
Cartas descartáveis escritas pelos meus dedos inocentes.

Vou ao inferno
Permaneço na terra mas tenho pressa
Sou uma presa fugitiva da grande floresta
Amo mas não sou amado
Não tenho a quem amar mas me desfiguro para encontrar o outro pedaço
Letras por um amor abandonado que não foi meu
e percebo que a vingança se vinga no breu
Não sou eu, fala a outra parte inconsciente de ser eu
Temo o amanhã do escorpião
Ou do possível veneno da maçã.

Seja sutil comigo
Me ofereça um abrigo para eu não correr perigo
Me mudarei para não mais ser monotonia
Não me preservo da folia
Padecer aguardando por algo me traz agonia
Folia
Me chame, me convide para estar acerca
Sei não se há cercas
Espero que entre eu e você isso não proceda
Fui ao Rio porém voltei com frio
Ainda nada me usurpou
Por aqui e por lá há tanta gente que se encontrou
Detalhes de revista me dão preguiça
A futilidade nos preenche e já nada mais nos compreende
Ás vezes quero morrer, matar, mas somente morrer

A gente têm que nascer para aprender
Dizer, se entender
O dinheiro nos compra o amanhecer
Não sei se ainda me restam sonhos por conceder ao mundo
Pupila do mal me transformaram em insanidade
Nas horas vagas sou santidade dos sentimentos vulgares
Veja, eles não sabem o que falam
Defecam sentimentos importantes
A gente vale diamante, mas nos tratam como deselegantes.

Vou dormir para sonhar
Se possível não ouse me acordar
Imaginação é meu alimento
e para que te sirva de alento
voltarei para viver mais um constrangimento
Não seja vigarista com os doces sentimentos
Sei que não valho à você um argumento
Mas estou vivo,logo penso.

Fevereiro

Sinto a propaganda da felicidade

Propagando-se sobre mim

Ameaçando, contemplando-me

Batucada, batuque, som de rua em ventos de poesia.

Acerca-se o carnaval

Tema de mel

Rapazes descartam o chapéu, tempo de considerar-se, caminhar sem destino

Hora do instinto, minuto do prazer absoluto.

Ninguém precisa de amores mas todos precisam se apaixonar

Dar-se, entregar-se por pouco ou por tudo

Coração dispara como um ruído

Tímido e perverso, somente um coração

Ao ritmo do axé, do frevo, do samba tropical

Pulsa aceleradamente, fevereiro, amanhã, o dia inteiro.

Irei mandar-me com vós

Logo fevereiro termina e necessito reavivar-me

O tempo é curto

E sou pequenino como o veloz coração.