quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Teus Olhos

É tempo de perdão

Teus olhos me traicionam

Escondem a verdade imperfeita.


Tuas mãos me abandonam

Me fazem fugitivo em prantos

Na estrada dos desenganos.


Tua pele derrama drama

Tuas palavras baixas e raras ao redor da cama

Por teus pensamentos manipuláveis inventando tramas.


Em teus passos inseguros reclama meu amor

Confrontado em teu peito com ardor.


Teus olhos me chamam e me perseguem

Me reclamam, me apontam e não percebem

Que somos estranhos em enganos, gritantes a ouvir

O canto do amor, da verdade, do espanto.


Tua criança se esconde na velha esperança

De aladrar-se na infância, do pai, da fome, da lembrança

Tuas mãos concedem vitória, minhas palavras se perdem em tua memória

Teus passos devotos da prece da virgem, do homem, do dia que amanhece.

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