quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Essência Barata.

Sensivelmente compreendido na rua.
Questão pela qual caminho descalço no asfalto cru.
Precedo um ser contaminado já constante no eu de ser somente a mim.
Eu sou a guerra.
Eu sou a aniquilação.
Noites cobertas já não sobrevivem em minha janela de rua.
Burburinhos. Algazarras em meus dedos de carne humana.
Profundamente afogado em insensibilidades de dentes ferozes.
Jamais leia minhas palavras compostas de poesia.
Fazem mal ao tal coração.
Umas cartas foram escritas, letras foram traduzidas pela mente. Erroneamente.
Letras manuscritas pertencem a cavidade vulcânica do coração.
Nada é demasiadamente jovem para flores. Tudo é desesperadamente influenciado por brotar de amores ardidos.
Em bandejas.
Pratarias.
Velharias.
Cristal que se rompe. Delicadamente acabado.
Existir é caro para estrangeiros nacionalizados nesta terra de frutos podres, explicavelmente, a essência deixa de ser perfume, se revelando em estrume.
Moscas.
Moças.
Chega de roupas. Apresento a essência barata de ossos meus artísticos e desequilibrados.
Danço, mas, não sei dançar.
Minto, mas, não sei mentir.
Existo, mas, essa verdade é pura solidão.
Amo, para a etiqueta, uma tragédia.

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