segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Carne Dourada

Bom que fales e que mostre dentes teus
Serzinho de olhos corujados de bailar em noites luares
Pés teus descalços numa rua suja de atrocidades
És arte e todo seu conjunto de fenômenos raros
Sei que completamento jovial me encontro ante a olhos tão vividos
Partidos dedos de palavras ditas por uma boca mal beijada
Essa minha
De lábios rojos de mordidas doentias e passageiras
Digo por um instante sem mirar em olhos mirantes em meus
Meus corpos transformados por distorções variadas
Quero-te compreender numa calma de noite conturbada
Muita gente para uma poesia pensada em análise ao teu corpo
Teatral de malabares dizeres do que propões a ser
Serzinho de facetas intrigantes
Querendo-me confundir
Estudo vagos movimentos por onde queres chegar
Caminhais na cevada incessante jamais parante
Beber
Merecer
Viver
A loucura de um álcool partilhado por cérebros jugadores.
Vil é ser um ser sem saber ser
Vejo delicadamente que não és um trato de outros becos
Disposto a ser novo e contratado por um Sol
raiado de pele para uma pele que pertence a você
Anjo bom
Carne dourada exposta numa cadeira
Balançada numa estrada
Avante os tambores para chamas futuras.
Carne lista para comeres emocionais.

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