sábado, 17 de novembro de 2012

O Diabo me Adora.

Vacilo entre a noite quando me serpenteio entre possíveis paixões
Me atraco porém nada vejo no obscuro das tentações
Sou medianamente jovem de centenas de corações
Uma metade alucinados e outra metade tementes e devotos.
Caio na lama e banho de terra a pensar que posso ser flor
Não posso ser flor.
Houve dias em que retruquei ao entregar cartas de amor
Eu me pedi mas a ventania somente acalenta o corpo
Passa como passatempo e não retorna mais.

Amanteigo a dor e salgo o corpo depois de alguma frustração
Enxergo de repente pelos meus olhos arregalados e tão meninos
Os pais no cais distantes do meu país
E eu recrutando seres animados para em prazer ao meu encontro
Te conheci e te amo desde o agora até uma palavra fria
Me amarre
Não me crucifique pois o Diabo me adora.

A onda dos sonhos me conduz a diferentes nações
Ora aqui, ora em Amsterdã
Por vezes Carnaval, por séculos numa Ópera
Confesso que ontem amei alguém com tempo
E amarrei as estrelas em seus pés.

Feito sonâmbulo dei passos até o precipício pensante que iria voar
Não me atirei
Apenas escrevo cartas não entregues
A beira de explodir.

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