domingo, 29 de abril de 2012

Doído de Olhar


Estou todo doído de tanto te olhar
De horas de admirar e desvendar teus traços
E de tentar te fazer laços
Esse bem que cresce e me faz te querer tão bem
Tão próximo
Próspero
E quando me olhas
estremecem até os ossos.

Falo de olhar
Local teu onde posso naufragar
e perdido, dizer coisas sem pensar
Sem pensar em me alimentar
Me alimento do teu sorriso
das tuas poucas palavras de encantar
e mesmo dizendo que não quer me amar
A cada hora em que eu te encontrar
A gente vai se sustentar
Se suportar
Sem se arrepender até o tempo passar.

Palavras não te penetram
causam alvoroço
e te guiam até o poço
A confusão que pretendes está em mim
E convido para que se aventure
profundamente até o fim
Por gentileza não me desestruture
Me ofereça teus costumes

Depois de dois dias partirei
Não tão certo que te esquecerei
Porém certo de que acertei, ou errei, já não sei
Quem sabe eu volte pro destino nos juntar
E que dessa vez, sem retalhos
Sem tempo, sem cessar.

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