segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Anjo caiu em meu Quintal

Anjo caiu em meu quintal, hora do varal
Da roupa, do sarau matinal, mas anjo caiu no quintal
Anjo bonito, sereno, anjo do céu leste
Assustei-me, emocionei-me, anjo a cativar-me.

Foi como um encontro glorioso, anjo olhou-me
Seus olhos pequeninos, entristecidos mirando aos meus, intrigantes
Asas macias, como pássaro, voz de neném, neném celestial
Anjo, no meu quintal, sem nome, exalando seu perfume de pureza, neném, flor do céu

Senti-me como novo, como espelho, pois profundamente em ancestral
Era meu reflexo, era eu, mas era anjo, chegou para ensinar-me, apaziguar-me
Fez-me olhar-me como mundo raro, internamente, profundamente.

Tão bela criatura, hora do anjo, momento meu, doçura
Pedi para que não partisse, disse-me em canto que permaneceria
Ficaria, cantaria, seria calmaria, internamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário