sábado, 4 de fevereiro de 2012

Eu Cazuza

A idade me pesa
Sou a imaginação de uma grande mente esperta
Não sei mais esperar
O tempo passa e sinto que sigo devagar
Já passa das quatro
Em meu quarto não há retratos
Há pinturas da minha mente
Cartas descartáveis escritas pelos meus dedos inocentes.

Vou ao inferno
Permaneço na terra mas tenho pressa
Sou uma presa fugitiva da grande floresta
Amo mas não sou amado
Não tenho a quem amar mas me desfiguro para encontrar o outro pedaço
Letras por um amor abandonado que não foi meu
e percebo que a vingança se vinga no breu
Não sou eu, fala a outra parte inconsciente de ser eu
Temo o amanhã do escorpião
Ou do possível veneno da maçã.

Seja sutil comigo
Me ofereça um abrigo para eu não correr perigo
Me mudarei para não mais ser monotonia
Não me preservo da folia
Padecer aguardando por algo me traz agonia
Folia
Me chame, me convide para estar acerca
Sei não se há cercas
Espero que entre eu e você isso não proceda
Fui ao Rio porém voltei com frio
Ainda nada me usurpou
Por aqui e por lá há tanta gente que se encontrou
Detalhes de revista me dão preguiça
A futilidade nos preenche e já nada mais nos compreende
Ás vezes quero morrer, matar, mas somente morrer

A gente têm que nascer para aprender
Dizer, se entender
O dinheiro nos compra o amanhecer
Não sei se ainda me restam sonhos por conceder ao mundo
Pupila do mal me transformaram em insanidade
Nas horas vagas sou santidade dos sentimentos vulgares
Veja, eles não sabem o que falam
Defecam sentimentos importantes
A gente vale diamante, mas nos tratam como deselegantes.

Vou dormir para sonhar
Se possível não ouse me acordar
Imaginação é meu alimento
e para que te sirva de alento
voltarei para viver mais um constrangimento
Não seja vigarista com os doces sentimentos
Sei que não valho à você um argumento
Mas estou vivo,logo penso.

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