terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Camaleões Urbanos

Popular popularizado
Grana no bolso furado, sonhos retalhados
Poeira, bagunça, baía de porcos na paisagem do lobo
Politicagem imatura, em nossos olhos desvio de conduta
Negro, dança, detalhes, malabares, proeza, minuciosa pobreza.

Divino destino desconfigurado, teto de horror
Avenida dos contentes, roubos e promessas em novos ares
Maldade absurda
Roupa no varal
Carros de luxo, carros populares
Vias isoladas, mas veja, roupas secando, boutique, laje, retrato pobreza.

Povo afogado em discurso vigarista
Prazer é se cometer o crime do sexo, sexo desprotegido, desmilinguido
Emergência! Nascerá um novo problema, bolsa família, bolsa escola, bolsa moradia, bolsa ética, bolsa dignidade, bolsa maturidade
Esse povo é insanidade, vive política, engole política, reclama política
Morrerá se não for a política.

Roubo, morre, morte
Comemoração sacramental, oração para os velhos vividos é essencial
Histórias por prestações suadas, eis que livros da vida desgastada
Publicidade feita para eles, enganar eles, devorar eles, estremecer eles
Endividar, tomar tudo deles, roupa, banho, pele.

Não há beleza
O povo sonha
Mudança constante de cores
Camaleões urbanos fugitivos da luta
Pela liberdade ideológica.

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