domingo, 17 de fevereiro de 2013

Neandertal

Com o toque frio de suas mãos dizia
Me causa náuseas
Com teus olhos crucificados aos meus
Não és o que quero mas és carne e te devoro
Com teu beijo repartido remendado
Somente saliva sem considerações finais ou intermediárias
Com tuas palavras mínimas acompanhadas de ponto final
Não escreva-me sou cego ante ao teu lirismo retrógrada
Escraveei-me em palavras escavadas
Escavando
Escavando
ao fim entregar a um Neandertal.
Tua chegada cronometrada
A hora deste encontro é o ouro que não possues
Teu calor frio anunciando o que deveras sem começar acaba sem pedir licença.
Amanheceu!
Sem álcool
Sem escuridão
Marchaté!
Era o que sempre quis dizer.


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